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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sugestões para a Temática de Agosto


FRANCISCO BRENNAND
Basta caminhar com um mínimo de atenção pelas ruas recifenses para chegar à constatação: Francisco Brennand está em toda parte. Diante do marco zero da cidade - sobre os arrecifes - repousam 90 esculturas. No pátio da estação central do metrô, um painel de 200 metros quadrados chama a atenção. Está também em um dos principais museus da cidade, o MAMAM (Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães). Mas é nas fachadas de inúmeros prédios que o ceramista se multiplica. Uma lei municipal determina que todos os edifícios da cidade devem ter esculturas ou murais com pintura ou cerâmica. Brennand é o preferido.
O artista, que em junho completa 80 anos, nasceu na capital pernambucana em família abastada. Educado nas melhores escolas do Rio e de Recife, teve a infância marcada pelas artes. As primeiras manifestações são caricaturas de colegas e professores. Cresce ao lado de gente como Ariano Suassuna, que em 1945 o leva para ilustrar seus poemas no Jornal Literário. Mais tarde assumiria os figurinos da primeira adaptação cinematográfica de O Auto da Compadecida, dirigida por George Jonas em 1969.
Começa a trabalhar com artes plásticas aos 15 anos. Porém, o reconhecimento como ceramista viria só mais tarde. De início, se debruça sobre as telas. Recebe dois prêmios do Salão de Arte do Museu do Estado de Pernambuco, em 1947 e 1948. Por essa época, sua única escultura era Deborah, em homenagem à esposa.
Em fevereiro de 1949 o casal vai a Paris, a convite do conterrâneo Cícero Dias. O trio visita a exposição de cerâmicas de Picasso. Ao se deparar com as obras, Brennand percebe que o material ali exposto tinha a mesma essência de suas pinturas. Até então vinha ignorando uma técnica riquíssima. Pra piorar, tudo o que precisasse para trabalhar poderia conseguir nas fábricas da família.
Na recém-inaugurada fábrica de azulejos do pai, faz um dos mais importantes trabalhos de sua carreira: a Batalha dos Guararapes. Encomendado pelo Banco da Lavoura de Minas Gerais, o mural possui mais de 30 metros de cerâmica colorida e ilustra um importante episódio da história recifense. Expõe sua arte pelo País afora, bem como no exterior. Entre muitas premiações, recebe em 1993 o Prêmio Interamericano de Cultura Gabriela Mistral, da OEA (Organização dos Estados Americanos), em reconhecimento pela sua contribuição à cultura do continente. Desde 1971, seu santuário criativo é a Oficina Francisco Brennand, em Recife - antiga fábrica de seu pai, fechada em 1945. Mais que uma oficina, é um parque de proporções surpreendentes. Instalada em um espaço de cerca de 10 mil metros quadrados, abriga esculturas, painéis e pórticos em galpões e ao ar livre. O projeto paisagístico é de Burle Marx.
Os fornos, que antes coziam tijolos, hoje aquecem a imaginação do artista, que, assim como Oxóssi (o orixá símbolo de sua oficina), é inquieto, sempre à procura de algo que não encontra.


ROMERO BRITTO

Carreira

 

 

Sua carreira começou aos 18 anos em Pernambuco.Mas desde 08 anos já começou a se interessar pelas artes plasticas,e mostrou talento. Atualmente é um dos mais premiados pintores pernambucanos. Britto alega ter criado seus quadros para invocar o espírito de esperança e transmitir uma sensação de aconchego. Suas obras são chamadas, por colecionadores e admiradores, de “arte da cura”. Embora bem-intencionado, os resultados estéticos são bastante discutíveis (isto na opinião de alguns), pois, analisando suas obras com olhar crítico e imparcial, o que encontramos é uma diluição repetitiva e pouco original dos pressupostos da pop art como preconizados por Andy Warhol e Robert Rauschenberg, aos quais mistura certos cacoetes estilísticos típicos da arte gráfica das histórias em quadrinhos. A diluição não é demérito, é o que fortalece essa arte inovadora, é que se propõe Romero, instigar a arte com a alegria das cores. Em 2005, como testemunho de seu impacto sobre a elite política e financeira de Miami, Romero foi nomeado embaixador das artes do Estado da Flórida pelo ex-governador Jeb Bush (irmão de George W. Bush e também membro do Partido Republicano). Concomitantemente, em 2005 e 2006, Romero Britto foi convidado a participar de uma pequena lista de artistas internacionais selecionados para a Bienal de Florença. “Arts and Exhibitions International” convidou Romero para criar uma pirâmide comemorando o retorno da exposição do Tesouro de Tutancâmon a Londres, depois de 35 anos. A pirâmide de Romero é a maior instalação de arte na história do Hyde Park até hoje, com a altura equivalente a um edifício de quatro andares. Foi produzida em tributo às antigas Pirâmides de Gizé, a última das sete maravilhas do mundo antigo. A pirâmide está programada para ficar permanentemente instalada no Museu da Criança no Cairo, Egito. Em 2008, Romero Britto criou uma série limitada de selos postais intitulados Esportes para a paz, que celebraram o memorável talento dos atletas para os Jogos Olímpicos de Beijing, e também expôs sua arte no famoso Museu do Louvre, em Paris. Britto acredita que “A arte é muito importante para não ser compartilhada”, e esta é uma das razões pelas quais ele criou a Fundação Romero Britto, em 2007.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, em 2009 o pintor foi parar num distrito policial nos Estados Unidos, por estar dirigindo sob efeito de álcool.[1]
O artista foi convidado pela terceira vez consecutiva para ser um palestrante do World Economic Forum; recebeu convite para fazer a abertura do Super Bowl XLI com o Cirque du Soleil, e ainda para criar a prestigiada coleção de selos postais para a ONU, além de inúmeros outros convites. Embora não seja prova da qualidade estética da obra do pintor, isso evidencia que Romero Britto está presente nas mais preciosas coleções particulares, sendo sempre requisitado pelas maiores empresas do mundo, às quais incorpora sua arte e assim traz visibilidade às marcas, tais como Absolut, Disney,Movado, Pepsi, Evian, Microsoft e Audi. Hoje Romero possui duas galerias, uma localizada em Miami Beach, na famosa Lincoln Road, e uma belíssima e moderna galeria projetada pelo arquiteto João Armentano, localizada na badalada Rua Oscar Freire, n. 562, no coração dos Jardins. EmSão Paulo cidade Em 2012, foi pela primeira vez, homenageado por uma escola de samba: A Renascer de Jacarepaguá que contou a vida do artista em sua estreia no Grupo Especial com o enredo "Romero Britto, o artista da alegria dá o tom na folia". A escola abriu o Carnaval do Rio de Janeiro de2012, sendo a primeira escola a desfilar no domingo de carnaval.

Estilo

Romero Britto é conhecido como artista pop brasileiro, radicado em Miami. Suas obras caíram no gosto das celebridades por sua alegria e sua cor, tendo sido alçado para a fama ao realizar a ilustração de uma campanha publicitária para a vodca Absolut. Começou no mundo do "grafite" e hoje é o artista preferido de vários atores e atrizeshollywoodianos. Porém nunca obteve sucesso com a crítica especializada, uma vez que se trata de um artista cujo trabalho é por demais determinado pela indústria cultural, sendo impossível distinguir até que ponto seu trabalho deve ser visto como arte ou como prática de marketing.  

JOSÉ CLÁUDIO


José Cláudio da Silva nasceu em Ipojuca, Pernambuco, em 1932. Começou a desenhar nos papéis de embrulho da loja de seu pai, Amaro Silva. Em 1952, interrompeu o curso de Direito, da Faculdade de Direito de Recife, e ingressa no Atelier Coletivo, da Sociedade de Arte Moderna do Recife, dirigido pelo escultor Abelardo da Hora.
Em 1957 participa da IV Bienal de São Paulo, que lhe confere prêmio de aquisição. Em 1975 pinta 100 óleos documentando aspectos da Amazônia. Fez essa viagem pelo Rio Madeira a convite do zoólogo e compositor Paulo Vanzolini, que costumava levar um artista em excursões à Amazônia (hábito dos cientistas mais antigos).
Um dos desenhos da série sobre a Amazônia foi levado pelo zoólogo americano Ronald Hayer para o Museum of Natural History, da Smithsonian Instituiton, Washington. Os quadros foram adquiridos pelo governador de São Paulo, Paulo Egydio, e se encontram hoje no Palácio Bandeirantes.
Trabalhou na Bahia com Mário Cravo, Carybé e Jenner Augusto; e em São Paulo com Di Cavalcanti. Estudou gravura com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo; Modelo Vivo e História da Arte na Academia de Belas Artes de Roma, bolsista da Fundação Rotelini (Itália).
Lançou os livros Viagem de um jovem pintor à Bahia e Ipojuca de Santo Cristo(1965), Bem dentro (1968)) e Meu pai não viu minha glória (1995).
Em 1992, foi um dos dez artistas brasileiros eleitos por uma comissão de críticos para fazer cartaz comemorativo dos 50 anos da chegada da Coca-Cola ao Brasil: "Coca-Cola 50 anos com arte".
Em 2004, pintou um painel sobre festas populares de Pernambuco para o novo Aeroporto dos Guararapes. Reside em Olinda.
O quadro de José Cláudio, "Benção da Bandeira" (2007), representa a Revolução de 1817, ocorrida em Pernambuco. Liderado por padres ligados à maçonaria, esse movimento revolucionário sustentou por três meses a independência pernambucana, incluindo em seu raio de liberdade o Rio Grande do Norte e a Paraíba.
Roberto van der Ploeg nasceu em Valkenburg aan de Geul na Holanda em 1955. Ele veio em 1979 para o Brasil no contexto de um estudo de mestrado em Teologia Latino americana. Desde 1982 reside no Nordeste brasileiro. A mudança da teologia para a pintura não foi muito radical para Roberto Ploeg. Segundo ele teologia e arte são de essência metafórica porque as duas procuram apresentar de maneira pessoal, experiências universais em imagens literárias e visuais. Neste sentido o teólogo é um artista da palavra. O caminho pessoal de Ploeg foi da palavra à imagem visual. Ele fez sua formação artística através de vários cursos em instâncias culturais em Olinda e Recife (MAC, Oficina Guaianases, Escolinha da Arte, UFPE, IAC, Fundaj). Após anos de atividades como teólogo da libertação no Nordeste Brasileiro, ele opta em 1995 definitivamente pela arte.

Roberto Ploeg retrato de Pedro

Ao completar 10 anos de vida Pedro ganhou de presente dos seus pais um retrato dele em óleo sobre tela. Pedro veio três vezes ao atelier para sessões de pose. Fiz três retratos: entretido com um pequeno computador, o rosto de frente e um retrato de olhos fechados. A gente, quer dizer Pedro, os pais dele e eu mesmo, achamos o último o melhor. Neste retrato a gente se aproxima mais do Pedro e até se pergunta: o que se passa na cabeça dele? Talvez seja este envolvimento do espectador que encanta.
MÚSICA

LUIZ GONZAGA



LENINE
Filho de um velho comunista e de uma católica praticante, criou-se porém uma espécie de détente na família. Até os 8 anos, os filhos eram obrigados a ir à missa com a mãe. Depois disso, ficavam por conta do pai: Marx era leitura obrigatória. Aos domingos, ouvia-se música de todo tipo - canções napolitanas, música alemã, música folclórica russa, Glenn Miller, Tchaikovsky, Chopin, Gil Evans, e mais tarde, Hermeto Pascoale os tropicalistas.[2]
Foi para o Rio de Janeiro no final dos anos 1970, pois naquela época havia pouco espaço ou recursos para música no Recife. Morou com alguns amigos, compositores. Dividiram por algum tempo um apartamento na Urca, depois uma casinha numa vila em Botafogo, famosa por ter sido moradia de Macalé e Sônia Braga. Depois foram para Santa Teresa.[3]
Lenine teve seu som gravado por Elba Ramalho, sendo ela a primeira cantora de sucesso nacional a gravar uma música sua. Depois vieramFernanda Abreu, O Rappa, Milton Nascimento, Maria Rita, Maria Bethânia e muitos outros.
Produziu "Segundo", de Maria Rita; "De uns tempos pra cá", de Chico César; "Lonji", de Tcheka (cantor e compositor do Cabo Verde); e "Ponto Enredo", de Pedro Luís e a Parede.
Trabalhou em televisão com os diretores Guel Arraes e Jorge Furtado. Para eles, fez a direção musical de "Caramuru, a Invenção do Brasil" que depois de minissérie, virou um longa-metragem. Participou também da direção do musical de "Cambaio", musical de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo.
Lenine ganhou dois prêmios Grammy Latino: um pelo “Melhor Álbum Pop Contemporâneo” com seu álbum "Falange Canibal"; e outro em 2009 na categoria melhor canção brasileira com a música "Martelo Bigorna".[4]

Álbuns

§  1983 - Baque Solto
§  1997 - O Dia em que Faremos Contato
§  1999 - Na Pressão
§  2002 - Falange Canibal
§  2004 - Lenine In Cité
§  2008 - Labiata
§  2010 - Lenine.doc Trilhas
§  2011 - Chão
§  2009  Perfil

MESTRE SALUSTIANO
Manuel Salustiano Soares, mais conhecido como Mestre Salustiano, (Aliança, 12 de novembro de 1945  Recife, 31 de agosto de 2008) foi um ator, músico, compositor e artesão brasileiro. Foi considerado uma das maiores autoridades em cultura popular pernambucana.
Em 2007 foi homenageado pelos seus 54 anos de carreira e recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.
É o fundador do maracatu rural Piaba de Ouro.
Manoel Salustiano Soares - o "Mestre Salu" nasceu no dia 12 de novembro de 1945, no Engenho Oiteiro Alto, Cidade de Aliança, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Filho de Dona Maria Tertonila da Conceição e Seu João Salustiano Soares, rabequeiro respeitado na mesma região, Mestre Salu teve uma infância muito sofrida no campo, cortando cana, limpando mato, carreando, cambitando, lá no engenho. Sempre lutava toda semana no campo e no fim-de-semana tinha preocupação de ir para os espetáculos populares como Cavalo Marinho e Mamulengo, Ciranda e Maracatu.



ANDRÉ RIO

André Rio, nascido no Bairro de São José em Recife, Pernambuco, é um cantor dedicado a canções regionais do Nordeste do Brasil, notadamente músicas para o carnaval. O frevo tem sido também uma de suas principais áreas de atuação[1].

Discografia

§  André Rio'' (1990) CD
§  Presença (1996) CD
§  Me leva (1997) CD
§  Na leva da embolada (2003) (CD independente)

LITERATURA

JOÃO CABRAL DE MELO NETO
(Recife, 9 de janeiro de 1920  Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1999) foi um poeta e diplomata brasileiro. Sua obra poética, que vai de uma tendência surrealista até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil.
Irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre, João Cabral foi amigo do pintor Joan Miró e do poeta Joan Brossa. Membro da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, foi agraciado com vários prêmios literários. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.[1]
Foi casado com Stella Maria Barbosa de Oliveira, com quem teve os filhos Rodrigo, Inez, Luiz, Isabel e João. Casou-se em segundas núpcias, em 1986, com a poeta Marly de Oliveira.

Obra

§  O Engenheiro (1945)
§  Psicologia da Composição com a Fábula de Anfion e Antiode (1947)
§  O Cão sem Plumas (1950)
§  Dois Parlamentos (1960)
§  Quaderna (1960)
§  Museu de Tudo (1975)
§  A Escola das Facas (1980)
§  Auto do Frade (1984)
§  Agrestes (1985)
§  Crime na Calle Relator (1987)
§  Primeiros Poemas (1990)
§  Sevilha Andando (1990)
§  Tecendo a Manha (1999)

Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886  Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e dearte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nélson Rodrigues, Carlos Pena Filho eOsman Lins, entre outros, representa a produção literária do estado de Pernambuco.

Biografia

Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e de sua esposa Francelina Ribeiro[1], era neto paterno de Antônio Herculano de Sousa Bandeira, advogado, professor da Faculdade de Direito do Recife e deputado geral na 12ª legislatura. Tendo dois tios reconhecidamente importantes, sendo um, João Carneiro de Sousa Bandeira, que foi advogado, professor de Direito e membro da Academia Brasileira de Letras e o outro, Antônio Herculano de Sousa Bandeira Filho, que era o irmão mais velho de seu pai e foi advogado, procurador da coroa, autor de expressiva obra jurídica e foi também Presidente das Províncias da Paraíba e deMato Grosso. Seu avô materno era Antônio José da Costa Ribeiro, advogado e político, deputado geral na 17ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô citado emEvocação do Recife. Sua casa na rua da União é referida no poema como "a casa de meu avô".
No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II[1] (Ginásio Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses.
Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose. Para se tratar buscou repouso em Campanha, Teresópolis e Petrópolis.[1] Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de 1913 a outubro de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard.[1] Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil.[2] Ao regressar, iniciou na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo. [2] Dois anos depois, publica seu segundo livro, "Carnaval".[1]
Em 1935, foi nomeado inspetor federal do ensino e, em 1936, foi publicada a “Homenagem a Manuel Bandeira”, coletânea de estudos sobre sua obra, assinada por alguns dos maiores críticos da época, alcançando assim a consagração pública[3]. De 1938 a 1943, foi professor de literatura no Colégio D. Pedro II, e em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Posteriormente, nomeado professor de Literaturas Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, cargo do qual se aposentou, em 1956[4].
Manuel Bandeira faleceu no dia 13 de outubro de 1968, com hemorragia gástrica, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no túmulo 15 do mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.[5]

Obras

Poesia

§  A Cinza das Horas, 1917
§  Carnaval, 1919
§  Os Sapos, 1922
§  O Ritmo Dissoluto, 1924
§  Libertinagem, 1930 (contém o poema
§  Estrela da Manhã, 1936
§  Belo, Belo, 1948
§  Mafuá do Malungo, 1948
§  Opus 10, 1952
§  Estrela da tarde, 1960
§  O Bicho, 1947

Prosa

§  Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936
§  Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938
§  Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940
§  Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940
§  Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946, 2ªed.Cosac Naif-São Paulo 2009
§  Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949
§  Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952
§  Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954
§  De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954
§  A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957
§  Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957
§  Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966
§  Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966
§  Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968
§  Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ
§  Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ
§  Cronicas inéditas I
§  Cronicas inéditas II- Ed Cosac Naif- SP- 2009

Carlos Pena Filho

Carlos Pena Filho (Recife, 17 de maio de 1929  Recife, 1 de julho de 1960) foi um poeta brasileiro, considerado um dos mais importantes poetas pernambucanos da segunda metade doséculo XX depois de João Cabral de Melo Neto.
Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, em frente à qual hoje se encontra o busto do poeta. Teve sua carreira prematuramente encerrada em virtude de sua inesperada morte em 1960, quando ele ainda estava com 31 anos de idade.

Biografia

Filho de pais portugueses, Carlos Souto Pena, comerciante, e Laurinda Souto Pena. Em 1937, com a separação dos pais, mudou-se para Portugal, com sua mãe e irmãos, Fernando e Mário, indo morar na casa dos avós paternos. Lá viveu dos oito aos doze anos de idade quando então retornou para o Brasil. O pai permaneceu no Recife, onde era proprietário de uma sorveteria. Fez seu curso primário enquanto esteve em Portugal e o curso secundário no Recife.
Carlos Pena Filho foi um poeta político, interessado em cada aspecto da vida de sua cidade e do seu Estado, Pernambuco. Estudante de Direito, formou-se pela Faculdade de Direito do Recife, tendo participado ativamente da política universitária, empenhando-se em campanhas eleitorais.
No dia 2 de junho de 1960, o poeta estava no carro de seu amigo, o advogado José Francisco de Moura Cavalcanti, quando foram atingidos por um ônibus desgovernado. Carlos Pena recebeu uma violenta pancada na cabeça. O rádio logo divulgou a notícia e as autoridades e os amigos acorreram ao Pronto Socorro. O motorista e Moura Cavalcanti tiveram ferimentos leves, mas Carlos Pena não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 10 de junho de 1960.
Deixou desolados seus amigos, os intelectuais de todo o Brasil, sua esposa D. Maria Tânia, sua filhinha Clara Maria, seus dois irmãos, Fernando e Mário. O cortejo fúnebre, com discursos à beira da sepultura e com grande acompanhamento de pessoas demonstrou quanto o poeta era querido.
Como advogado atuou em repartição do Estado e, em paralelo, trabalhou como jornalista no Diário de Pernambuco, Diário da Noite e Jornal do Commercio, onde fez reportagens, escreveu crônicas e publicou alguns de seus poemas. Casou com Maria Tânia Tavares Barbosa, com quem teve uma filha, Clara Maria de Souto Pena, que lhe deu três netos: Maria Joana, Maria Luiza e Carlos Souto Pena.
Durante a vida contou com a amizade e a admiração de muitos escritores e poetas de renome. Conviveu estritamente com Manuel Bandeira, Joaquim Cardoso, João Cabral de Melo Neto, Mauro Mota, Gilberto Freyre e Jorge Amado, dentre outros. Faleceu aos 31 anos, vítima de um acidente ocorrido em 2 de junho de 1960, no Recife.

Obras

§  "O Tempo da Busca", 1952
§  "Memórias do Boi Serapião", 1956
§  "A vertigem Lúcida", 1958
§  "Livro Geral", 1959

 

Ascenso Ferreira

Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira (Palmares, 9 de maio de 1895  Recife, 5 de maio de 1965) foi um poeta brasileiro.
Órfão aos treze anos de idade, passou a trabalhar na mercearia de um tio e, em 1911, publicou no jornal A Notícia de Palmares o seu primeiro poema, Flor Fenecida.
Em 1920, mudou-se para o Recife, onde tornou-se funcionário público e passou a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais.
Em 1922 casou-se com Maria Stella, filha do poeta, funcionário público e literário pernambucano Fernando Griz, mas este casamento não durou muito.
Em 1925, participou do movimento modernista de Pernambuco e, em 1927, publicou seu primeiro livro, Catimbó. Viajou a vários estados brasileiros para promover recitais.
Em 1933 conheceu Maria de Lourdes Medeiros e passou a morar com ela. Em 1948 nasceu Maria Luísa, filha do casal.
Em 1941 publicou o seu segundo livro Cana Caiana. O terceiro livro Xenhenhém estava pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de Poemas, que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor - a edição continha, ainda, o poema O trem de Alagoas, musicado por Villa-Lobos.
Em 1955, participou ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro. Em 1956, foi nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceitava que o poeta e boêmio irreverente assumisse o cargo. Foi nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e Cultura, onde só comparecia para receber o salário.
Em 1963, a Editora José Olympio (RJ) lançou Catimbó e outros poemas.
Usava sempre um grande chapéu de palha, que era uma verdadeira logomarca.


Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 16 de junho de 1927) é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro. É o atual secretário de assessoria ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos. [1]
É defensor da cultura do Nordeste e autor do Auto da Compadecida e A Pedra do Reino.

Biografia

Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, aos 16 de junho de 1927, filho de Cássia Villar e João Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no sertão, na Fazenda Acauhan, em Taperoá.
Com a Revolução de 30, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
A partir de 1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano e no Colégio Osvaldo Cruz. No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.
Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça Torturas de um Coração em 1951. Em 1952, volta a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.
Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. No ano seguinte foi encenada a sua peça O Casamento Suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O Santo e a Porca; em 1958, foi encenada a sua peça O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna; em 1959, A Pena e a Lei, premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro.
Em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a Farsa da Boa Preguiça (1960) e A Caseira e a Catarina (1962). No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na UFPE. Ali, em 1976, defende a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira. Aposenta-se como professor em 1994.
Membro fundador do Conselho Federal de Cultura (1967); nomeado, pelo Reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE (1969). Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o “Movimento Armorial”, interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18 de outubro de 1970, com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial” e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes (1994-1998).
Entre 1958-79, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de “romance armorial-popular brasileiro”.
Ariano Suassuna construiu em São José do Belmonte, onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance d’A Pedra do Reino, um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.
Membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2000).
Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.
Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista.
Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará, mas que veio a ser entregue apenas em 10 de junho de 2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.[2]

Obras selecionadas

§  Uma mulher vestida de Sol, (1947);
§  Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948);
§  Os homens de barro, (1949);
§  Auto de João da Cruz, (1950);
§  Torturas de um coração, (1951);
§  O arco desolado, (1952);
§  O castigo da soberba, (1953);
§  O Rico Avarento, (1954);
§  Auto da Compadecida, (1955);
§  O casamento suspeitoso, (1957);
§  O santo e a porca, (1957);
§  O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958);
§  A pena e a lei, (1959);
§  Farsa da boa preguiça, (1960);
§  A Caseira e a Catarina, (1962);
§  As conchambranças de Quaderna, (1987);
§  Fernando e Isaura, (1956)"inédito até 1994".

Romance

§  A História de amor de Fernando e Isaura, (1956);
§  História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana, (1976)

Poesia

§  O pasto incendiado, (1945-1970);
§  Ode, (1955);
§  Sonetos com mote alheio, (1980);
§  Sonetos de Albano Cervonegro, (1985);
§  Poemas (antologia), (1999).

GILBERTO FREYRE

 

 

 

 

 

Gilberto de Mello Freyre[1] (Recife, 15 de março de 1900 — Recife, 18 de julho de 1987) foi um sociólogo, antropólogo, historiador, escritor epintor brasileiro, considerado um dos mais importantes sociólogos do século XX.[2]

 

Biografia

Filho de Alfredo Freyre juiz e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito do Recife e de Francisca de Mello Freyre. Gilberto Freyre é de família brasileira antiga, descendente dos primeiros colonizadores Portugueses do Brasil. Em suas palavras: "um brasileiro que descende de gente quase tôda ibérica, com algum sangue ameríndio e fixada há longo tempo no país".[3] Tem antepassados portugueses, espanhóis, indígenase holandeses.[1] Gilberto Freyre inicia seus estudos frequentando, em 1908, o jardim da infância do Colégio Americano Batista Gilreath[4], que seu pai havia ajudado a fundar. Tem seu primeiro contato com a literatura por meio de As Viagens de Gulliver. Todavia, apesar de seu interesse, não consegue aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos.
Em 1909 falece sua avó materna, que vivia a mimá-lo por supor que ele tinha problemas sérios de aprendizado, pela dificuldade em aprender a escrever. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, Coisas & Animais.
Freyre estudou na Universidade de Columbia nos Estados Unidos onde conhece Franz Boas, sua principal referência intelectual. Em 1922 publica sua tese de mestrado "Social life in Brazil in the middle of the 19th century" (Vida social no Brasil nos meados do século XIX),dentro do periódico Hispanic American Historical Rewiew, volume 5. Com isto obteve o título Masters of Arts. Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de1933 e escrito em Portugal. Em 1946, Gilberto Freyre é eleito pela UDN para a Assembléia Constituinte e, em 1964, apoia o golpe militar que derruba João Goulart. A seu respeito disse Monteiro Lobato:
O Brasil do futuro não vai ser o que os velhos historiadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre é um dos gênios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antárticas ainda produziram.
Gilberto Freyre foi também reconhecido por seu estilo literário. Foi até poeta, sendo que o seu poema "Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados" entusiasmou Manuel Bandeira. Gilberto Freyre escreveu um longo poema inspirado por sua primeira visita à Cidade de Salvador: Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados. Impresso no mesmo ano em reduzidíssima edição da recifense Revista do Norte, o poema deixou Manuel Bandeira entusiasmado. Tanto que em carta de 4 de junho de 1927 escreveu: “Teu poema, Gilberto, será a minha eterna dor de corno. Não posso me conformar com aquela galinhagem tão gozada, tão senvergonhamente lírica, trescalando a baunilha de mulata asseada. S!” (cf. Manuel Bandeira, Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, v. II: Prosa, p. 1398). O poema tem três versões: a primeira foi reproduzida por Manuel Bandeira em sua Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos (1946); a segunda, modificada pelo autor, foi publicada na revista carioca O Cruzeiro de 20 de janeiro de 1942; e a terceira aparece nos livros Talvez Poesia (José Olympio, 1962) e Poesia Reunida (Edições Pirata, 1980).[5]
Portugal ocupa um lugar importante no pensamento de Freyre [6]. Em vários de seus livros, como em "O Mundo que o Português Criou", "O Luso e o Trópico" demonstra o importante papel que os portugueses tiveram na criação da "primeira civilização moderna nos trópicos". Freyre foi um dos pioneiros no estudo histórico e sociológico dos territórios de colonização portuguesa como um todo, chegando mesmo a desenvolver um ramo de pesquisa que denominou de Lusotropicologia.
Ocupou a cadeira 23 da Academia Pernambucana de Letras em 1986. Foi protestante batista, chegando a ser missionário e a frequentar igrejas batistas norte-americanas, quando jovem. Este fato costuma ser ocultado pelos biógrafos e adeptos das teorias de Freyre. Gilberto Freyre retornou ao catolicismo posteriormente.

Obras

§  Sobrados e Mucambos, 1936.
§  Assucar, 1939.
§  Olinda, 1939.
§  Sociologia, 1945.
§  Ingleses no Brasil, 1948.
§  Ordem e Progresso, 1957.



J. BORGES
  
Biografia
Aos oito anos, o menino José Francisco já trabalhava na terra com o pai. Aos dez, já fabricava e vendia na feira colheres de pau. Foi oleiro, confeccionou brinquedos artesanais e vendeu livros de cordel.
Aos 29 anos, José resolveu que iria escrever cordel. Foi quando fez O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, com xilogravada por Mestre Dila, que vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses.[1]
Como não tinha dinheiro para pagar um ilustrador, J. Borges resolveu fazer ele mesmo: começou a entalhar na madeira a fachada da igreja de Bezerros, que usou em O Verdadeiro Aviso de Frei Damião.[1] Desde então, começou a fazer matrizes por encomenda e também para ilustrar os mais de 200 cordéis que lançou ao longo da vida.
Descoberto por colecionadores e marchands, viu seu trabalho ser levado aos meios acadêmicos do país. Na década de 1970, J. Borges desenhou a capa de As Palavras Andantes, de Eduardo Galeano.[1] e gravuras suas foram usadas na abertura da telenovela Roque Santeiro,[2] da Rede Globo. Nessa época, começou a gravar matrizes dissociadas dos cordéis, de maior tamanho. Isso permitiu expor no exterior: em 1992, na Galeria Stähli, em Zurique, e no Museu de Arte Popular de Santa FéNovo México. Depois, novas exposições, na Europa e nos Estados Unidos.
J. Borges foi condecorado com a comenda da Ordem do Mérito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, recebeu o prêmio UNESCO na categoria Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos treze artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas. Sua xilogravura A Vida na Floresta abre o ano no calendário. Em 2006, foi tema de reportagem no The New York Times.[1] O escritor Ariano Suassuna o considera o melhor gravador popular do Nordeste.[2]
Suas xilogravuras são impressas em grande quantidade, em diversos tamanhos, e vendidas a intelectuaisartistas e colecionadores de arte. Dono de uma técnica própria de colorir as imagens, atende pedidos para representar cotidiano do pobre, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagrescrimes e corrupção, os folguedos populares, a religiosidade, a picardia, sempre ligados ao povo nordestino.
Em sua cidade natal, foi inaugurado o Memorial J. Borges, com exposição de parte de sua obra e objetos pessoais.[2]

MESTRE VITALINO

    
Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, nasceu em (Caruaru no Distrito de Ribeira dos Campos, 10 de julho de 1909  Caruaru, 20 de janeiro de 1963) foi um ceramista popular brasileiro.
Filho de lavradores[1], Mestre Vitalino foi um artesão por retratar em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino, especialmente do interior de Pernambuco e da tradução do modo de vida dos sertanejos[2]. Esta retratação fico conhecida entre especialistas como arte figurativa.
Suas obras mais famosas são Violeiro, O enterro na rede, Cavalo-marinho, Casal no boi, Noivos a cavalo, Caçador de onça e Família lavrando a terra.[2]
A produção do artista passou a ser iconográfica[5] e inspirou a formação de novas gerações de artistas, especialmente no Alto do Moura, bairro deCaruaru, onde viveu. A casa onde viveu parte de sua vida atualmente é a instalação da Casa Museu Mestre Vitalino. O entorno é ocupado por oficinas de artesãos[6].
Parte de sua obra pode ser contemplada no Museu do Louvre, em Paris, na França. No Brasil, a maior parte está nos museus Casa do Pontal eChácara do Céu, Rio de Janeiro; no Acervo Museológico da UFPE, em Recife; e em Alto do Moura.[2][5][7]

ARTESANATO DE TRACUNHAÉM
Tracunhaém, na zona da Mata do Norte, em Pernambuco, é conhecida como cidade do barro e possuiu vários ateliês e oficinas. A cidade reinaugurou há poucos dias o Centro de Artesanato. O lugar deve se tornar um importante espaço para a geração de renda da população da cidade já que o espaço passou a contar com três galpões para produção e um para produção de barro, três fornos à lenha e um elétrico, além de sala de atendimento a clientes, dormitórios, rampas de acesso, cozinha e salas para exposição e vendas.
O Centro de Comercialização e Produção Artesanal foi reformado a partir de uma parceria entre as Secretarias de Desenvolvimento e Articulação Regional, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata (PROMATA), e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

Leão do Norte

Lenine e Paulo César Pinheiro

Sou o coração do folclore nordestino
Sou Mateus e Bastião do boi bumbá
Sou um boneco de mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba.
Ao som da Orquestra Armorial
Sou Capibaribe
Num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo num baque solto de um maracatu
Eu sou um auto de Ariano Suassuna.
No meio da feira de Caruaru
Sou Frei Caneca no pastoril do Faceta
Levando a Flor Da Lira
Pra Nova Jerusalém
Sou Luís Gonzaga
E eu sou do mangue também
E vou dando cheiro em meu bem
Eu sou mameluco
Sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco
Sou Leão do Norte
Sou Macambira de Joaquim Cardozo
Banda de pife no meio do canavial
Na noite dos tambores silenciosos
Sou a calunga revelando o carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O Homem da Meia Noite
Eu sou puxando esse cordão
Sou jangadeiro
Na festa de Jaboatão
Eu sou mameluco



Entenda a letra da música Leão do Norte
Sou o coração do folclore nordestino – O primeiro verso da letra de Paulo César Pinheiro já anuncia que a música cantará as manifestações culturais mais autênticas que pulsam no coração da região, onde nasceu o compositor Lenine.

Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá –Conhecido também como bumba-meu-boi, este folguedo foi considerado pelo teatrólogo Hemilio Borba Filho como mais puro dos espetáculos populares nordestinos. É um auto ou drama pastoril que tem como mote a morte e a ressurreição do boi, figura feita de pano, com armação de madeira, carregada por uma ou duas pessoas. Presepeiro, Mateus namora com uma negra Catirina.

Bastião é o filho do capitão boca-mole, mestre do folguedo.

Sou um boneco de mestre Vitalino – Vitalino Pereira dos Santos (10/07/1909-20/01/63) é considerado o maior ceramista, filho de um agricultor e de uma artesã de peças utilitárias de barro, desde menino começou a fazer figuras de barro representando a cultura nordestina e seus folguedos. Influenciou toda a comunidade do Alto do Moura, onde morava, transformando Caruaru no maior centro de arte figurativa da América, segundo a Unesco.

Dançando uma ciranda em Itamaracá – Dança de roda praieira, a ciranda tem suas raízes portuguesas, mas desenvolveu-se, segundo alguns estudiosos, na região de Goiana e teve o seu auge de popularidade nos anos 70. Na Ilha de Itamaracá mora uma das cirandeiras mais famosas, a Lia, citada em versos de canções.

Eu sou um verso de Carlos Pena Filho / Num frevo de Capiba / Ao som da Orquestra Armorial – Pena Filho era conhecido como “O Poeta Azul”.

Nascido em 1929 e morto em 1960, num acidente automobilístico, deixou entre suas obras mais importantes, O Livro Geral e Memórias do Boi Serapião. A Orquestra Armorial de Câmara foi fundada no início dos anos 60, pelo maestro Cussy de Almeida, sob a inspiração do Movimento Armorial, idealizado e liderado pelo romancista, dramaturgo e ex-secretário estadual de Cultura, Ariano Suassuna. Propunha-se a fazer uma arte brasileira erudita de raízes populares. Na música, valoriza o som áspero de instrumentos como a rabeca, a viola sertaneja e o berimbau, em conjunção com as harmonias ibéricas.

Sou Capibaribe / Num Livro de João Cabral – O pernambucano João Cabral de Melo Neto dedicou vários poemas e mesmo livros ao rio que corta a Zona da Mata e desemboca no Atlântico, serpenteando o Recife. Entre os livros que tratam do Capibaribe estão O Cão Sem Plumas, O Rio ou A Relação da Viagem que faz o Capibaribe do Recife, Morte e vida Severina.

Sou mamulengo de São Bento do Una / Vindo num baque solto de Maracatu – Mamulengo é o teatro dos bonecos ou de títeres, que começou com caráter religioso. Profanou-se. Acompanha-se de uma pequena orquestra. Alguns grupos utilizam personagens do bumba-meu-boi, como o Mateus, o Bastião e a Catirina. O enredo é jocoso e picaresco, mas os desfechos normalmente são moralizantes. Em Olinda, há um Museu de Mamulengo, no Espaço Tiridá, do grupo Só Riso. São Bento do Una é a cidade natal do cantor Alceu Valença. O maracatu é uma das maiores expressões culturais de Pernambuco e está dividido em dois grupos: O Maracatu de Baque Virado ou Nação, é um cortejo afrobrasileiro de descendência nagô e evoca a coroação do Rei do Congo.

Suas figuras principais são o rei, a rainha, toda a sua corte, com embaixadores, ministro e demais figuras; as baianas, as damas-de-passo, lanceiros e batuqueiros. O Maracatu de Baque Solto ou Rural é uma espécie de fusão de vários folguedos, surgido na Zona da Mata pernambucana. Sem reis nem rainhas, sua figura central são os caboclos de lança que usam cabeleira de papel celofone, cobrindo o chapéu de palha, rosto pintado, camisa e calça de chitão e carregam o surrão, armadura de madeira onde são presos os chocalhos. A dança do baque solto é em círculos e acelerada, num ritmo rápido ao som dos chocalhos.

Eu sou um auto de Ariano Suassuna / No meio da Feira de Caruaru – O auto é a forma teatral originária na Comédia dell´Arte medieval. Suassuna consagrou-se internacionalmente com a peça o Auto da Compadecida, escrita em 1955.

Neste texto, destacam-se personagens como o esperto e traquino João Grilo e a presença de um Cristo Negro. A feira de Caruaru tornou-se a mais famosa do Nordeste, pela sua variedade de ofertas, informalidade e a grande quantidade de artigos de artesanato popular à venda, entre os quais os bonecos de barro de Vitalino e seus herdeiros.

Sou Frei Caneca no Pastoril do Faceta / Levando a Flor da Lira para Nova Jerusalém – Sacerdote, jornalista e político, frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, Caneca (1779-1825) foi um dos revolucionários de 1817 e um dos mártires da Confederação do Equador. Morreu fuzilado em frente ao Forte de Cinco Pontas.

O pastoril e um auto de Natal de origem religiosa, mas também profanado com o passar do tempo. Tem dois cordões rivais, formados por mulheres: o azul e o encarnado. A Diana ou Borboleta é a mediadora. Elas cantam, dançam e se desafiam. O velho é quem comanda o pastoril, com suas anedotas, pilhérias com o público e suas canções de duplo sentido. Faceta foi um dos seus maiores mestres. O bloco misto Flor da Lira é uma das antigas agremiações carnavalesca de Pernambuco. Foi fundado em 1920 e desfila até hoje. Nova Jerusalém, o teatro monumental ao ar livre de Fazenda Nova, Agreste do Estado, onde é realizada a Paixão de Cristo, durante a Semana Santa.

Sou Luiz Gonzaga / E eu sou do Mangue também – O sanfoneiro Luiz Gonzaga (*13/12/1912 + 02/08/1989), o Rei do Baião, natural de Exu, é o maior nome da música popular nordestina. Autor de clássicos como Asa Branca, Assum Preto, O Xote das Meninas, O Cheiro da Carolina, entre outros.

Eu sou o Mameluco / Soude Casa Forte / Sou de Pernambuco / Sou Leão do Norte – Lenine faz alusão a sua descendência mameluca, ou seja, vinda do cruzamento de índios com brancos. Casa Forte é um dos bairros mais tradicionais do Recife, onde ficava o engenho homônimo de Ana Paes, que ajudou na campanha da expulsão holandesa. Pernambuco é conhecido como Leão do Norte por sua história de lutas libertárias, como a Batalha dos Guararapes, as revoluções dos Mascates, Praieira e de 1817, além da Confederação do Equador, e mais, recentemente, na redemocratização do país. A origem vem do brasão das armas do donatário Duarte Coelho Pereira, no século XVI, no qual figurava em sua heráldica a estampa altiva de um leão.

Sou Macambira de Joaquim Cardozo / Banda Pife no Meio do Carnaval – Refere-se à peça Coronel de Macambira (1963), do poeta e engenheiro pernambucano Joaquim Cardozo (26/08/1987-04/11/78), responsável pelo cálculo estrutural da Pampulha (MG) e de Brasília.

É um auto baseado no bumba-meu-boi e o capitão, mestre do cavalo-marinho, foi inspirado no chefe do bando de cangaceiros do Morro, na Paraíba, Chico Fulô, que havia trabalhado para ele, quando demarcava terras devolutas da União em território dos cablocos descendentes dos aimorés, onde havia canavial, nos idos de 40. Banda de pife é um conjunto musical tradicional, formado por pife, pífano ou pífaro, espécie de flautim de madeira com som agudo e estridente e ainda por zabumba, triângulos e às vezes sanfona ou pandeiro. Toca geralmente forró. Um dos grupos mais conhecidos é a Banda de Pífanos de Caruaru, de Biu do Pife.

Na noite dos tambores silenciosos/ sou Calunga revelando o carnaval – Um dos mais solenes e belos momentos do carnaval pernambucano, a Noite dos Tambores Silenciosos acontece sempre na segunda-feira, em frente à Igreja do Pátio do Terço, no bairro de São José. A partir das 23 horas, reúnem-se os maracatus de tradição de baque virado ou nação, que reverenciam Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, a quem são tiradas as loas. A calunga é a boneca de pano, madeira ou plásticos vestida de baiana, que encarna a divindade dos orixás, recebendo em sua cabeça os axés e a veneração da corte e seus vassalos.

Sou a folia que desce lá de Olinda / O homem da Meia-Noite / Eu sou puxando este cordão – Quem é folião sabe o que é subir e descer as ladeiras de Olinda, ao som do frevo, maracatu, afoxé e até mesmo o samba, seguindo as mais variadas agremiações que confluem para a cidade. O Homem da Meia Noite é o mais antigo e famoso boneco gigante que desfila na Marim dos Caetés. Foi fundado em 1932. Quando sai, na meia-noite de Sábado, o boneco puxa o cordão formado pela multidão.

Sou Jangadeiro / Na festa de Jaboatão – Os versos finais da letra de Leão do Norte são uma alusão à famosa Festa da Pitombeira, realizada em abril, em homenagem à padroeira Nossa Senhora dos Prazeres, e aos jangadeiros de Piedade, Candeias e Barra de Jangada, seus devotos originais.

Lenda
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Lenda (desambiguação).
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Representação da famosa lenda suíça deRütlischwur
Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginaçãoaventuresca humana.
Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Podemos entender que lenda é uma degeneração do Mito. Como diz o dito popular "Quem conta um conto aumenta um ponto", as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas.
Lendas no Brasil são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do povo brasileiro. Devemos levar em conta que uma lenda não significa uma mentira, nem tampouco uma verdade absoluta, o que devemos considerar é que uma história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo uma parcela de fatos verídicos.
Muitos pesquisadores, historiadores, ou folcloristas, afirmam que as lendas são apenas frutos da imaginação popular, porém como sabemos as lendas em muitos povos são "os livros na memória dos mais sábios".

Lendas brasileiras

§  Caipora
§  Cuca
§  Curupira
§  Boitatá
§  Iara
§  Papa Figo
Mito narrativo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Narração identitária, em que as personagens são geralmente deuses ou outros seres sobrenaturais cujos feitos fazem parte da cosmovisão de uma determinada comunidade. Segundo Manuel Antunes, na sua Teoria da Cultura, o mito pode ser entendido como uma história de fundo lendário, em que determinada sociedade ou grupo faz assentar as suas concepções do mundo e da vida, os seus sentimentos, os seus usos e costumes, as suas instituições.
Alexandre Parafita reforça esta teoria reconhecendo que os mitos, enquanto narrações identitárias, são alegorias reinventadas pelos povos para perpetuarem as suas verdades e os seus conhecimentos, expressando e justificando princípios, referências históricas e geográficas, conceitos morais, filosóficos, ou teológicos.
Para este etnólogo, que estuda os mitos populares portugueses no seu contexto de uso, é frequente o mito ser confundido com a lenda, devendo fazer-se a distinção com base na ritualização presente ou passada das narrações. Isto porque só há mito onde há rito. “A lenda não se ritualiza. Se tal acontece, então não é lenda, é mito. O rito ilustra-o e dá-lhe sentido. Através das repetições rituais, o mito materializa-se e as comunidades ganham a noção de pertença a um tempo cósmico que permanece por cumprir. Um tempo que, do passado longínquo, traz uma seiva identitária para dar vida e sentido ao presente e ao futuro (in PARAFITA, A – A Mitologia dos Mouros, 2006).

Bibliografia
§  ANTUNES, Manuel – Teoria da Cultura, Lisboa, Edições Colibro, 1999.
§  PARAFITA, Alexandre – A Mitologia dos Mouros, Porto, Gailivro, 2006.
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§  QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO MITO?É um texto narrativo que reflete a cultura de um povo, mostrando como ele vê o mundo e a realidade.Caracteriza-se por referir-se a seres extraordinários, como deuses, divindades, semideuses e heróis, cujaconduta é modelo de vida para os homens de todos os tempos. O narrador pode ser observador oupersonagem, o tempo narrativo geralmente é o passado e a linguagem segue a norma-padrão.

Lendas
são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas com o objetivo de explicar acontecimentosmisteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a históriae a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação dopovo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita. Do latim legenda (aquilo que deveser lido), as lendas inicialmente contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito setransformou em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua cultura.Características de uma Lenda:- Se utiliza da fantasia ou ficção, misturando-as com a realidade dos fatos.- Faz parte da tradição oral, e vem sendo contada através dos tempos.- Usam fatos reais e históricos para dar suporte às histórias, mas junto com eles envolvem a imaginaçãopara “aumentar um ponto” na realidade.- Fazem parte da realidade cultural de todos os povos.- Assim como os mitos, fornecem explicações aos fatos que não são explicáveis pela ciência ou pela lógica.Essas explicações, porém, são mais facilmente aceitas, pois apesar de serem fruto da imaginação não são
necessariamente sobrenaturais ou fantásticas.- Sofrem alterações ao longo do tempo, por serem repassadas oralmente e receberem a impressão einterpretação daqueles que a propagam.

Aslendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Osmitossão narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

CRIANDO LENDAS


INTRODUÇÃO
LENDAS
São histórias contadas por pessoas e transmitidasoralmente através dos tempos. Misturam fatos reaise históricos com acontecimentos que são frutos dafantasia. As lendas procuravam dar explicação aacontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.As lendas tem locais, tempo e personagens bemmarcados para provar sua varecidade. Elas estãodiretamente ligadas à cultura, sobretudo popular.Elas são feitas pelo povo comum e são ligadas atradição de um povo.
 TAREFAS
Você deverá realizar as seguintes tarefas:
 1. Pesquise sobre o gênero LENDAS na internet e anote os endereços(completos), bemcomo o conteúdo que você achou significativo.2. Crie uma lenda3. Narre sua lenda aos colegas auxiliado por uma (ou mais) ilustração.4. Faça uma exposição da sua lenda(pode ser em cartaz).
AVALIAÇÃO
 A avaliação é um momento importante na construção do conhecimento, para tanto serão observados os seguintes aspectos:
 a) Correção gramatical no material escritob) Criatividade na construção da Lenda( inédita)c) Apresentação da Lenda (oralidade)d) Capricho na(s) ilustração(ões)e) Participação do grupo em todas as etapas do trabalho.
CONCLUSÕES
 Ao final deste trabalho o grupo deverá perceber que as principaiscaracterísticas das LENDAS são:
 - é popular- emana do saber cultural- constitui-se em uma tradição- é transmitida pela oralidade e pela prática- faz parte do conhecimento coletivo- espelha uma situação ou ação- tem caráter universal- é anônimo (normalmente)

Papai amo você
Balão Mágico

F.don Diego / A.araujo / Edgard Poças
Um passarinho me acordou cedinho cantando lindo que nem rouxinol
E o céu sorrindo azul, azul, limpinho abriu caminho pra passar o sol
Um dia lindo com todas as cores
Um arco-íris garantiu que sai
E o bem-te-vi disse que viu as flores vindo enfeitar o dia do papai
Amigo velho eu queria falar
Meu velho amigo foi tão bom te encontrar.
Amigo velho eu te amo demais
Meu velho amigo todo dia é dos pais
Eu convidei o gato e o cachorro
Nem um amigo vai poder faltar
Super-heroi, também Tarzan e o Zorro
E o pererê não vai poder mancar
Vai ter pelada e muita brincadeira
Toda alegria vem nos visitar
Queria tanto que esta festa inteira fosse um presente pra poder te dar.
Amigo velho eu queria falar
Meu velho amigo foi tão bom te encontrar.
Amigo velho eu te amo demais
Meu velho amigo todo dia é dos pais

Brinca comigo pai
Cavaleiros do Forró
João ribeiro

Quero acordar
Cada amanhecer
Pra te ouvir cantando e viver nesse mundo sorrindo e brincando com voce
Voce é meu tudo
Meu anoitecer
Voce me deu o mundo pra viver
Vou sonhando no infinito com voce
Pai voce sera sempre o meu amor, foi nossa amizade que tocou
Encheu de carinho meu coração
Pai quando eu estou triste eu te chamo, quando estou feliz é que eu te amo
Voce escreveu minha emoção
O meu ser pequeno é grande em teu ser
Teu olhar sereno me ensina a viver
Eu agradeço a deus por te amar demais
E se as vezes eu choro é pensando em quem não tem um pai
Te amo demais
Brinca comigo pai
Me diz aonde estais
Se esta sorrindo pai
Te amo demais
Brinca comigo pai
Te amo demais

Meu pai
Daniel

Tivas / José Victor


Não é porque ele é meu pai que eu escrevi esta canção
Fiz bem mais pela beleza de um senhor com uma grandeza
Além da imaginação
Não é porque ele é meu pai que eu o exalto tanto assim
É que pela minha idade esse anjo de bondade ainda cuida bem de mim
Me aconselha a todo instante
Me dá carinho dá amor
Ele é um raro diamante de indiscutível valor
É meu amigo do peito
Eu tenho orgulho de falar
Esse homem tão direito, diplomado em respeito é um exemplo em nosso lar
Não é porque ele é meu pai que eu escrevi esses versos
É que ele se sobressai entre os pais do universo
Queria ser mais que um poeta, nessa rima que se encerra
E essa canção ser um troféu
Pois pra mim é Deus no céu e o meu pai aqui na Terra
Pai
Fábio Jr
(Fábio jr.)

Pai
Pode ser que daqui a algum tempo, haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez
 Pai
Pode ser que daí, você sinta, qualquer coisa entre esses 20 ou 30
Longos anos em busca de paz
Pai
Pode crer eu Tõ bem eu vou indo, tô tentando, vivendo pedindo
Com loucura pra você
Renascer
Pai
Eu não faço questão de ser tudo, só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você
Pai
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco, tua voz tá tão presa
Nos ensina esse jogo da vida, onde a vida só paga pra ver
Pai
Me perdoa essa insegurança, é que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo, nos seus braços você fez segredo
Nos seus passos você foi mais eu, eu
Pai
Eu cresci e não houve outro jeito, quero só recostar no seu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa e brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Pai, pai
Você foi meu herói, meu bandido, hoje é mais, muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém está sozinho, você faz parte deste caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai, paz.

Meu querido, meu velho, meu amigo
Roberto Carlos
Roberto Carlos e Erasmo Carlos

Esses seus cabelos brancos, bonitos, esse olhar cansado, profundo
Me dizendo coisas, um grito, me ensinando tanto, do mundo...
E esses passos lentos, de agora, caminhando sempre comigo,
Já correram tanto, na vida, meu querido, meu velho, meu amigo
Sua vida cheia de histórias, e essas rugas marcadas pelo tempo,
Lembranças de antigas, vitórias ou lágrimas choradas, ao vento...
Sua voz macia, me acalma e me diz muito mais do que eu digo
Me calando fundo, na alma, meu querido, meu velho, meu amigo
Seu passado vive, presente, nas experiências, contidas,
Nesse coração, consciente, da beleza das coisas, da vida.
Seu sorriso franco, me anima, seu conselho certo, me ensina,
Beijo suas mãos e lhe digo, meu querido, meu velho, meu amigo
Eu já lhe falei de tudo,
Mas tudo isso é pouco diante do que sinto...
Olhando seus cabelos tão bonitos,
Beijo suas mãos e digo, meu querido, meu velho, meu amigo

Dois Amigos, Dois Irmãos (Pai e Filho)
Todo mundo me pergunta
Querem saber a receita
Dessa nossa união
Amizade tão perfeita

A receita verdadeira
Que todos querem saber
Use a sinceridade
É você quem vai dizer

Esse grande amor profundo
É que somos filho e pai
Sigo sempre o seu caminho
Me trair sei que não vai

Um estranho não aceita
Se julga dono de si
Pai e filho é diferente
A gente sabe a dor que sente
Se acaso um cair

Somos pai e filho
Dois amigos
Seguidores um do outro
Passo a passo

E assim vamos vivendo
E a gente vai mantendo
Dois sorrisos e um abraço

Vamos cantar vamos mostrar
Nossa união
Nossas verdades sinceridades
Do coração

Que bom seria se todo mundo
Fossem iguais
Filhos e pais amigos
Irmãos

Meu filho
Meu pai 

 

Te Amo Pai

Rick e Renner

Pai senta aqui comigo que eu quero olhar
Nesse rosto que o tempo fez mudar
Pai sempre será, meu maior tesouro.
Pai lembro que você, disse um dia filho:
- o mundo lá fora apresenta um brilho
E é você quem vai descobrir
Se é prata ou ouro.
Pai você não errou, você tava certo
Mas eu não tinha você por perto,
Pra me mostrar o caminho, pai.
E quando eu chorei sozinho,
Escutei seu grito
Engole o choro que é mais bonito
Menino que chora pro céu não vai.
Pai eu quero ouvir, essa voz cansada
Que um dia me, falou de uma estrada
Que a gente vai, e não sabe se vem.
Voz protetora que,
Me disse tão forte
Existe azar, mas existe sorte
Existe o mal, mas existe o bem.
Pai eu lutei com a vida,
Eu briguei com o mundo
Atrás do sucesso eu desci no fundo
Onde só quem busca um sonho vai.
Pai eu não desisti, porque eu queria
Na sua frente estar um dia
Só pra dizer, obrigado pai!
Pai seus passos mais lentos
Sua voz tremendo
Parece que, estão me dizendo:
-meu filho eu, quero descansar.
Pai você fez sua parte um lindo papel
Tire o seu sapato e guarde o chapéu
Que agora eu, quero lhe cuidar.
Pai a pele queimada a mão calejada
É a historia que já ficou marcada
Que é seu amor que de mim não sai.
Pai você é o herói do filme de um filho
Que agora sabe que é ouro o brilho,
O brilho desses seus olhos, pai.
Pai um filho não cresce, é sempre menino
Quem cresce é o sonho com seu destino,
Esse é o motivo que um filho sai.
Mas quando, ele volta, como eu voltei
E encontra o velho, como eu te encontrei
É só pra dizer eu... te... amo... pai.
Coração de Estudante
Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora, cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor flor o o e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração,
Juventude e fé.

Paixão de Estudante

 

Sérgio e Serginho

Eu tô indo mal na escola
a culpa é sua
Com a cabeça no mundo da lua
Sempre contando as horas pra te ver

Não consigo prestar atenção na aula
Não vejo a hora de sair da sala
Sempre contando as horas pra te ver

Tô te ligando pra dizer
Que amanhã vou matar aula pra te ver
Tô te ligando pra dizer
Que amanhã vou matar aula pra te ver

Aquele beijo doce 
Que você me deu
Recheado de amor e de paixão
Aquele beijo doce
Que você me deu
Tá guardado dentro do 
Meu coração 
Música: Hino Ao Estudante
 Teixeirinha

Estudante brasileiro
Vai em frente sem temer
Pelo Brasil de amanhã
Vamos lutar e vencer

Estudantes brasileiros
Desta terra varonil
Hoje somos o futuro
Homens fortes do Brasil

Estudamos com fervor
Nosso país sempre nos diz
Amanhã nas nossas mãos
Cai as rédeas do país

Vamos lutar pela pátria
Todos juntos companheiros
Salve, salve a juventude
Estudantes brasileiros

Brasil, Brasil
Brasil que todos nós amamos
Brasil, Brasil
É por ti que todos nós estudamos
Estudamos pela pátria companheiros
Salve, salve
Estudantes brasileiros

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